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Landi Cidade Viva

Tipo de projeto

Educação Patrimonial

Data

2006

Em 2006, o Fórum Landi da Universidade Federal do Pará, com o apoio da Companhia Vale do Rio Doce, lançou um inovador projeto de educação patrimonial. O objetivo era revitalizar a Praça do Carmo, promovendo a conservação do patrimônio histórico de Belém, valorizando suas riquezas culturais e transformando a área em um espaço vibrante de encontro, interação e cultura.

O projeto tinha como principal missão disseminar o conhecimento sobre José Antônio Landi com ações criativas baseadas em experiências estéticas e culturais. Landi, arquiteto italiano nascido em Bolonha, chegou a Belém em 1753 e fazia parte da equipe de técnicos enviados pela coroa portuguesa para demarcar os limites entre Brasil e Espanha, conforme o Tratado de Madri. Apesar de suas obras serem parte do cotidiano belenense, Landi só começou a ser reconhecido a partir da visita do historiador de arte americano Robert Smith, que em 1951 destacou sua importância, comparando-o a Aleijadinho na história da arte brasileira. No Brasil, estudiosos como Augusto Meira Filho, Donato Mello Junior, Leandro Tocantins, Mário Barata e Paul Albuquerque foram os principais divulgadores da obra de Landi ao longo dos anos.

O Projeto Landi Cidade Viva surgiu como uma iniciativa de educação patrimonial e cultural, com o intuito de democratizar o acesso à nossa herança histórica com os moradores vivenciando na prática as vantagens da revitalização de espaços históricos. O projeto incluiu a distribuição semanal de jornais informativos, ampliando seu alcance na comunidade. Além disso, a exposição central do projeto “Landi: Cidade Viva” buscava recriar parte da atmosfera de Belém no século XVIII, com arquitetos da Universidade Federal do Pará (UFPA) propondo a fachada da Nova Alfândega, desenhada por Landi e nunca construída.

A exposição demonstrava o percurso do arquiteto na região, seus principais projetos construídos e sua contribuição para a transformação do espaço urbano do antigo Estado do Grão Pará, com saraus, oficinas e palestras de professores da UFPA e Portugal.

Em parceria com a Escola de Música da UFPA, o projeto propôs ensaios abertos ao público de orquestra, grupos de música instrumental e coral nas praças do bairro e saraus nos salões das antigas casas da Cidade Velha. Além disso, com a extensão do projeto nomeado “Arquitetos da Família”, alunos da UFPA foram atribuídos do mapeamento sociocultural da Cidade Velha e seus residentes e atualização do perfil dos moradores e situação dos prédios e ruas, promovendo um Escritório modelo da UFPA para consultorias públicas gratuitas aos moradores sobre a melhor forma de preservar, restaurar e intervir nos seus imóveis.

Aos domingos, a comunidade se envolvia em circuitos culturais que exploravam as obras de Landi no Centro Histórico, enquanto estudantes participavam de circuitos guiados por profissionais especializados, ao todo, 70 escolas receberam o convite para o projeto (até 40 alunos cada). Além disso, o projeto realizou a formação de guias mirins, estimulando as novas gerações a se engajarem com a história e cultura locais, promovendo oficinas de restauro sob a coordenação do Curro Velho e oficinas de azulejos em parceria com a UFPA.

Um dos destaques do Projeto Landi Cidade Viva foi a transformação da Praça do Carmo em um espaço dinâmico com o evento "Noites na Praça", que ofereceu uma diversidade de apresentações musicais, desde quartetos de sax até o vibrante jazz com a Amazônia Jazz Band, incluindo uma fusão eclética com Bob Freitas e Orquestra Sinfônica.

O projeto também promoveu exposições contemporâneas (Olhares Distintos) e itinerantes (Exposição no Ônibus), além do lançamento de um CD/DVD ROM que narra a vida e obra de Landi. Por fim, o reconhecimento desse trabalho se estendeu ao Fórum Universidade e Patrimônio, organizado pela UNESCO em Florença, onde o Fórum Landi contribuiu para o diálogo global sobre a preservação e divulgação do patrimônio histórico.

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