A segunda edição do Museu Itinerante da Amazônia (MIA), promovida pelo Laboratório da Cidade em parceria com o Fórum Landi, explorou as complexidades das mudanças climáticas e suas interconexões com as transformações urbanas nas cidades amazônicas. Com foco na crise climática e seu impacto na Amazônia urbana, a exposição "Passado, presente, futuros" ofereceu uma experiência envolvente por meio de fotografias, vídeos, artes gráficas, inteligência artificial, mapas e interação com a maquete do centro histórico de Belém.

A mostra reuniu peças de artistas independentes e pesquisadores do Laboratório da Cidade, provocando reflexões sobre a ocupação histórica e atual da cidade, especialmente no contexto de Belém, que se desenvolveu de costas para os rios. A curadora Jade Jares ressaltou a importância do diálogo entre o patrimônio histórico e as questões ambientais contemporâneas, destacando como a construção colonizada da cidade afeta as vivências e a relação com o meio ambiente.

o MIA intensificou o debate ambiental em Belém, especialmente com a proximidade da Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá na cidade em 2025. Segundo Lygia Nassar, diretora de sustentabilidade do Laboratório da Cidade, a exposição teve como missão central explorar e discutir o tema de forma mais profunda e impactante, propondo soluções que considerem o ecossistema amazônico e os efeitos das mudanças climáticas.

As obras expostas foram divididas em diversas categorias: Audiovisual, com trabalhos de Luiza Ribeiro e IARA - Inovação e Aceleração; Mapas, com Thales Miranda; e Artes Visuais, com Caroline Lobato, Gê Viana, Keoma Calandrini, Mavi Moraes e César Oliveira. O Mural “Cidades e Ancestralidades” contou com contribuições de Elis Almeida, Elisa Malcher, Lygia Nassar e Vanessa Silva. A fachada do Fórum Landi agora exibe uma intervenção artística de Lenu, que integrou símbolos da cultura amazônica em sua criação.