Em 2003, a Universidade Federal do Pará, o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Universidade da Amazônia organizaram o Seminário Internacional Landi e o Século XVIII na Amazônia para comemorar os 250 anos da chegada do arquiteto Antônio Landi (1713-1791) à região. Landi foi um “riscador” da Primeira Comissão Demarcadora de Limites entre Portugal e Espanha, conforme o Tratado de Madri de 1750.

 

Sua chegada ocorreu no contexto das reformas implementadas pelo Marquês de Pombal, ministro de D. José I, que visavam transformar o Império Português. Na Amazônia, essas reformas incluíram levantamento cartográfico, centralização administrativa, e construção de vilas e fortificações, com o envio de diversos especialistas.

 

Landi deixou uma marca distinta na arquitetura amazônica, divergente do estilo barroco predominante no Brasil. Como naturalista, contribuiu com a História Natural do Grão-Pará, manteve um horto botânico em sua propriedade e colaborou na “Viagem Philosóphica” de Alexandre Rodrigues Ferreira.

Ao final do seminário, foi criado o Fórum Landi, dedicado à preservação e divulgação do patrimônio histórico de Belém.

 

Em seus 20 anos, o Fórum Landi realizou seminários, colóquios, exposições e diversos outros projetos relacionados à obra de Antônio Landi, processos de preservação, divulgação e educação patrimonial, reconhecidos através da premiação da Medalha do Mérito Francisco Caldeira de Castelo Branco.

 

Atualmente, o Fórum se destaca por estudos dos novos desafios urbanos e climáticos, com pesquisas sobre a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas e o novo Plano Diretor de Belém, eventos que influenciam diretamente na manutenção e composição do Centro Histórico de Belém.